16 maio 2008

Toca a motivar







Fracassos Famosos

Hoje partilho convosco pessoas famosas que fracassaram ou foram rejeitadas pela sociedade, para mais tarde contra tudo e todos, finalmente triunfarem.



Este do Michael Jordan também está engraçado:



Este agora é mais secante, porque é um tipo a vender um livro que fala em mais casos, embora tenha algumas informações interessantes...



É engraçado, para nós, isto até soa a estranho, num país em que se ataca as pessoas ainda antes de falharem e se as enterra quando falham. Saber que um fracasso pode ser apenas um alavanca para um sucesso maior é realmente extraordinário, é um prisma engraçado para ver as coisas.

Já o Jack Welsh dizia que "As vitórias dele faziam-no mais confiante, mas eram os fracassos que o ensinavam".

Realmente à medida que aprendemos, a forma como encaramos cada desafio evolui. E com os fracassos, especialmente os grandes é quando se aprende mais.

14 maio 2008

Acordo Ortográfico - Fim do Português de Portugal

A maior parte das pessoas pensa que o acordo ortográfico apenas implica que algumas palavras mudem de nome, mas isto na verdade é uma grande mentira:

"E para uma mais clara relação dos países lusófonos, no seu conjunto, com o resto do mundo – nos fóruns internacionais, como na ONU, os documentos oficiais não terão que ser mais traduzidos para as duas variantes da língua lusa, como acontece até agora."

Isto foi tirado de um manifesto que defende o tratado e quer que seja antecipado, não assinem este: http://www.gopetition.com/online/17740, mas leiam para ver o que ele defende

Ou seja o Português de Portugal ou Português Europeu morre!

Investiguem e oiçam o que motivo pelo qual defendem este acordo.

É verdade que o Brasil tem são 190 milhões e Portugal uns meros 11milhões. É verdade que existem mais Brasileiros e Portugueses espalhados pelo mundo fora. Mas não sei quantos são.

E pior os brasileiros passam a ser os que falam um Português correcto e nós passamos a ser os atrasados. Nice, não é? Nem sequer temos o direito de proteger o nosso dialecto, porque sim, somos uma minoria. Protege-se os dialectos como o Mirandês, e o Português de Portugal deita-se fora.

Se não acreditem investiguem oiçam os defensores do acordo.

Eu acho piada é a isto, a UE respeitou a nossa língua, a ONU também, nós não.

Por favor assinem a petição, avisem os vossos amigos, os vossos familiares toda a gente que consigam, façam barulho vosso blog, avisem colegas no emprego.

http://www.ipetitions.com/petition/manifestolinguaportuguesa/

Se o acordo não for cancelado em breve vamos ser todos portugueses de 2ª, não sabemos a língua oficial do nosso país. O nosso português passa a ser estranho e os brasileiros vão voar à nossa frente em qualquer emprego em que tenhamos de escrever umas linhas.

Quem contraria um brasileiro agora para escrever documentos oficiais de uma empresa? Só um que conseguisse escrever Português de Portugal correcto, agora a situação inverte-se. É que nem para gestor de projecto, nem para consultor, porque por vezes esses documentos têm caracter oficial ou podem ter de ir a tribunal. E nenhuma empresa pode ser interpelada por ter um português estranho arcaico, porque é isso que o Português de Portugal vai ser.

Leiam, aprofundem, quanto mais lerem, mais grave e preocupante é para nós. Eu só não percebo quando se defendem os outros dialectos, porquê acabar com um dialecto que é falado por uns 10 milhões de pessoas.

08 maio 2008

Responsabilidade Social das Empresas

Vamos lá ver uma coisa porque nestes assuntos é fácil ser mal interpretado, vou falar das situações previstas no código e vou ignorar os abusos ao código no que toca a contratos a prazo e recibos verdes, porque esse problema não é do código, mas da IGT que não tem fiscalizado.

Eu não estou contra que as empresas tenham uma responsabilidade social e façam o que podem, o que eu estou contra é que o estado empurre para as empresas as responsabilidades que efectivamente são suas, porque a grande maioria das empresas 99,9% são PMEs, e apresar de serem responsáveis por 2 000 000 empregos, a média de empregados por empresa é 6,9.

Na verdade este valor está distorcido por causa das médias empresas que, salvo erro, podem ter até 200 empregados. Muito provavelmente a grande maioria das PMEs deverá ter 2 ou 3 empregados, incluindo o patrão.

É honesto um governo empurrar responsabilidades sociais para empresas com 2 ou 3 empregados, é que o custo disso tem de ser pago pelo trabalho feito por todos. É contra isto que estou, porque fala-se muito e aquilo que até poderá ser justo para as grandes, para as pequenas estraga tudo. Para além do mais as empresas pagam bastantes impostos que o estado devia usar para as pessoas que precisam.

Vou dar apenas alguns exemplos de situações bem reais que lixam logo uma PME de caras.

A empresa tem um empregado que começa a aprontar e se recusa a trabalhar e ainda a brincar e gozar com toda a gente. É fácil despedir como dizem? Eu pergunto então como, como é que se prova? Como é que uma PME vai fazer uma reestruturação e despedir no mínimo 2 empregados? Para fazer isso algumas teriam de despedir os empregados todos e outros até o patrão. Por isso algumas fecham por causa destes problemas e abrem outra. As organizações internacionais já alertaram para isto, mas ninguém quer saber.

Por exemplo, uma empresa em que o patrão faz artesanato, uma empregada de escritórios e um entregador. Num acidente de trabalho, o homem fica numa de rodas. Que pode fazer a empresa? Despede o empregado de escritório? Porque tem de contratar sempre outra pessoa para as entregas. E no caso das PMEs alguém tem de ser despedido, porque muitas vezes não existe trabalho para pagar a mais um empregado.
Mas esperem, alguém perguntou ao homem que ficou numa cadeira de rodas se efectivamente era isso que ele queria? Alguém se preocupou em tentar conseguir-lhe um posto de trabalho onde fosse feliz? Eu digo isto porque conheço quem odeie ficar fechado num escritório o dia todo.

Por exemplo, uma senhora que por estar grávida, sabe que não pode ser despedida então começa a aprontar a torto e a direito, infelizmente acontece. Automaticamente numa empresa com 2 ou 3 empregados, a coisa fica preta não só para a empresa, mas para os empregados também, até porque as pessoas enervam-se, rebentam discussões, problemas, etc, etc. Será este um ambiente bom para uma grávida? Eu não sei como resolver isto, mas quem devia assumir devia ser o estado.

Mesmo que a senhora grávida dê o seu melhor, existem empresas onde o facto de estar grávida, implica que não possa realizar o seu trabalho, até numa perspectiva de protecção ao bebé, o que para muitas empresas implica mais um ordenado para pagar porque têm de contratar outra pessoa.

O que eu acho é que sempre que não seja recomendável à grávida executar o seu trabalho e a empresa não tenha condições para a meter noutro posto, o vencimento dela deveria ser suspenso na empresa e pago na totalidade pelo estado. Custa menos ao estado que a uma empresa com dois ou três empregados.

Importa esclarecer duas coisas, não é por uma pessoa ser deficiente ou estar grávida que deve ser colocada de parte, nada disso, o que se passa é que existem situações em que a empresa não têm capacidade de suportar essas situações e que muitas vezes não fazem sentido sequer para o trabalhador.

Por exemplo, o exemplo do entregador, provavelmente ele seria muito mais feliz como condutor de autocarros ou de comboios em vez de ficar fechado num escritório a atender o telefone. E o que fazia sentido seria o estado apoiá-lo nessa procura e não empurrá-lo para a empresa.

No caso da gravidez, de acordo com o que ouvi, a gravidez transforma a mulher, torna-a mais criativa, em muitos empregos até é um bom investimento para a empresa, é preciso é garantir que esse facto não coloca em causa a empresa. Porque se o faz, lá se vão os empregos à mesma.

Mas porque é que me dou ao trabalho de falar de empresas que representam provavelmente 30 ou 40% dos empregos em Portugal? Simples, porque estas empresas, por cá desprezadas, são o motor da economia do país, quando elas não estão bem, a economia nacional não está bem. São estas empresas que são responsáveis pelo dinamismo e reactividade da economia de um país. Pois crise :S

Agora as grandes, essas podem-se dar ao luxo de cometer abusos juntos dos empregados, brincar com eles e tudo o mais que revolta as pessoas, porque a sua dimensão lhes permite isso, e sim essas têm uma dimensão suficientemente grande para encontrar dentro de si mesmas soluções para os problemas de diferentes empregados, mas mesmo assim, não se está a pensar em encontrar um local onde o trabalhador seja feliz, mas sim onde enfiá-lo.

Por isso é que despedir é também libertar a pessoa para encontrar um posto de trabalho onde poderá ser feliz. Enfiar a pessoa num lado qualquer é um atentado contra as pessoas.

Deviam existir em Portugal um maior apoio social para que as pessoas procurassem empregos onde fossem produtivas e felizes, todos ganhariam, é óbvio para que isso acontecesse é preciso libertar muitas das suas prisões, mas o estado devia apoiar todos para que ninguém tivesse medo.

Para dizer a verdade, pelas minhas contas nem sairia mais caro às empresas, dado que actualmente elas recorrem às empresas de trabalho temporário. Note-se que não estou a falar de outsourcing, embora nalguns casos este seja a mesma coisa disfarçada. :)

Futebol - Esclarecimentos

Bem, em primeiro lugar eu não tenho nada contra o Futebol, para dizer a verdade apenas refiro o futebol por dois motivos:

Em primeiro lugar porque a grande maioria das pessoas vive o futebol intensamente e têm uma grande noção de como funciona. Preocupam-se como a equipa delas funciona, querem que ela ganhe. O que normalmente não acontece com as empresas, porque as pessoas pensam sempre que a empresa os explora, que ganha rios de dinheiro com eles e que se lixe. O que as pessoas não vêm é que são os jogadores dessa empresa, e que é nos seus ordenados que se sofrem as consequências.

Em segundo lugar as pessoas vêem no Futebol como a grande fonte da sua felicidade. Se o clube ganha o campeonato ou a liga dos campeões, é uma loucura imensa. Nada nas suas vidas se iguala. O problema não é as pessoas vibrarem com o futebol, o problema é a forma como encaram as suas vidas, dado que geralmente são autodestrutivas, antiempreendedoras, egoístas, e como diria um Professor meu, "Juntam-se para deitar abaixo" aqueles que ousam. E isto já é uma mentalidade do tempo dos Descobrimentos.

As pessoas cá em Portugal, juntam-se para o Futebol, juntam-se para os copos, juntam-se para os jantares, mas não se juntam para ajudar os amigos. Eu sei que existem excepções, existem sempre excepções. Infelizmente a grande maioria das situações são situações em que as pessoas fazem isso por protagonismo, quando ninguém vai saber as pessoas não têm tempo.

Depois cá em Portugal existe uma mentalidade de ficar rico, o sonho da grande maioria dos portugueses é ficar rico e não ter de trabalhar. As pessoas não têm gosto por se sentir úteis, não gostam de fazer nada. Isto vê-se na forma como encaram os trabalhos de uma forma desmotivada e pouco profissional à espera que venha a fortuna do euromilhões, por exemplo.

Uma vez incluiram-me numa prenda de aniversário sem me perguntarem, mas quando me disseram, não me disseram o valor. Uns tempos depois recebo por email a notificação do valor 10 ou 15€ e por baixo, agradecia que me pagasses o mais rapidamente possível. Fui no próprio dia assim que o individuo chegou a casa.

Quem é este indivíduo?
Simplesmente é sócio de um dos grandes em Portugal, vai aos jogos todos em casa que pode, a grande maioria dos amigos dele é do mesmo clube e o clube é a fonte das suas alegrias. Como todos os portugueses quer ficar rico e joga todas as semanas no euromilhões. Ou seja gasta só no euromilhões 520€ por ano, no futebol nem sei. Mas trata um amigo por caloteiro por 10/15€, isto é normal? Não, mas Portugal é assim.

Este caramelo foi uma das pessoas que mais me criticou quando criei a empresa, que meteu pessoas contra mim que depois me trairam, mas tal como todos os outros quando estive para desistir, ele não encontrou fundamentos no meu projecto que justificassem abandoná-lo.

Então, criticam, criticam, criticam, e depois quando são confrontados com a realidade, não conseguem fundamentar nada de concreto e até são obrigados a dizer que efectivamente devo continuar, apesar das dificuldades que eu vá sentir... :S

Embora ele me podesse ajudar, e numa dada altura até estava aborrecido porque a namorada estava longe e não tinha nada para fazer, ele estava a 5 minutos do local onde estava a trabalhar, nunca apareceu, nunca ofereceu ajuda, nada.

Nós ouvimos falar que nos EUA, o ppl se junta depois do trabalho, aos fins de semana, para ajudar os amigos, e que surgem assim coisas brutais, que são experiências únicas e inesquecíveis. Muitas vezes nem o fazem por dinheiro, mas fazem para fazerem algo.

Agora cá em Portugal só excepções, mas existem. Para ser honesto só um amigo meu chegou a falar em vir-me ajudar temporariamente, de resto nenhum nunca quis. Nem nas férias deles, nem quando estavam desempregados, nem em troca de valores exagerados. Só um me recomendou a um cliente dele, em troca de 20%, o que na altura considerámos ambos ser justo.

Houve vários casos em que admitiram que o problema deles é que eu iria facturar bué e eles iam ver muito pouco, um chegou a falar que queria 50%+1 e outro um BMW Série 5. Infelizmente isto não é nenhum youtube, não tenho 1 milhão de dólares em capital de investimento. É uma empresa pequena que provavelmente nunca o deixará de o ser.

Agora novamente o futebol, no caso do futebol, ninguém tem problemas que os jogadores ganhem mais, mas pelos vistos, aqueles que o admitiram, o problema deles era que eu iria ganhar mais do que eles. Até vão para o estádio puxar por eles, pagam os bilhetes as quotas e com orgulho.

Agora eu até gosto do futebol, eu não gosto é dos tugalhados que pelo futebol fazem tudo, mas invejam e atacam os amigos, que desprezam os filhos, a mulher, o emprego, que não fazem nada por ninguém, mas pelos jogadores fazem tudo.

Parece-me justo não?

07 maio 2008

Código do Trabalho

Se o nosso código do trabalho é tão bom, então, porque é que:

- Ambicionamos o bem estar das sociedades em que o mercado de trabalho é selvagem (EUA) ou onde é um atentado ao direitos dos trabalhadores (Flexisegurança)

- As grandes empresas preferem subcontratar chegando a pagar 3x mais ou mais a ter as mesmas pessoas como empregados.

- As empresas preferem mudar de empregados regularmente ou a ficar com eles para sempre.

- O futebol goza de um regime de excepção. Qual seria o ordenado do Cristiano Ronaldo se o Manchester tivesse de o ter nos quadros até à reforma e a jogar (direito ao trabalho)?
E até poderá dar um excelente manager ou treinador. Ninguém vê isto?

- Não liberta as pessoas de funções onde não são produtivas, para poderem encontrar funções onde o são e onde são felizes. Até no futebol acontece isto, numa equipa não joga, noutra é o maior.

- O estado empurra para as empresas as responsabilidades sociais que efectivamente não cumpre, nem se preocupa em cumprir, por exemplo, apoio a grávidas e deficientes. É que não nos iludamos a grande maioria das empresas 99,9 são PMEs e não têm condições para isso.

- Uma PME não têm dimensão suficiente para se reestruturar regularmente e assim purgar os maus empregados. Mas nem as grandes os querem nos quadros.

- Não há uma preocupação clara em proteger o bom trabalhador.

- As empresas não podem controlar o que os empregados fazem durante o trabalho, navegar, chatar, emails, videos. É esse o seu trabalho?

- Está feito para grandes empresas que têm um poderio económico superior aos empregados, o que não acontece na maioria.

- Qual seria a empresa que contrataria a prazo se fosse fácil mandar embora um mau empregado embora? Porque o que é orçamentado para cada um é o mesmo. A rotatividade paga-se porque perde-se a experiência e know-how que muitas vezes não se resolve com formação.