Estou cada vez mais farto do populismo anti-governo, não concordo com eles em muita coisa, mas bolas, medidas difíceis que deviam ter sido tomadas à anos, eles tiveram a coragem que faltou a outros governos. E cai o Carmo e a Trindade, mas nem a oposição se atreve a prometer que quando for governo volta a trás.
Estou farto deste populismo, ajudem o governo, proponham alternativas, não sejam vagos, sejam objectivos.
Mas tipo, chegar ao ponto de chamar fascista ao governo? Quando o PS até é dos grandes partidos, o único em que existe uma pluralidade real sem caças às bruxas?
Foi isso que este
autor fez, embora voltando atrás na palavra em si, tentando dar a volta por outro lado. Eu percebo a angústia das pessoas, a sua insatisfação, mas estas medidas eram necessárias há muitos anos. Eu compreendo o seu ponto de vista, as pessoas têm é de ver o ponto de vista de todos, incluindo dos ministros que têm de tomar estas decisões que lhes custam votos. E ainda há demasiado para fazer, para trazer mais igualdade e justiça para Portugal, para que sejamos vistos cá, como os nossos emigrantes são vistos lá fora.
Bem, esta foi o comentário que lhe fiz.
Bem é sempre complicado comentar quando se percebe que obviamente está a ser parcial.
E existe uma simples resposta que permite tornar claro isso, já certamente viu a oposição ao governo adoptar o mesmo tipo de críticas, mas já os viu fazer promessas de voltar atrás nas alterações que o governo está a fazer?
Claro que não. Porque simplesmente, grosso modo sabem que o governo faz o que tem de fazer, e aproveitam-se dessas medidas duras para ganhar votos.
Ora veja, por exemplo, no caso da saúde, Portugal tem uma grande falta de médicos e o governo não pode criar médicos por decreto.
Como tal vê-se obrigado a geri-los da melhor forma possível, obviamente que tirar cuidados de saúde de proximidade é duro para as pessoas porque aumenta a sensação de insegurança.
Mas o governo fundamentou o seu trabalho com dados estatísticos em que mostrou que morreram menos pessoas, que a qualidade dos serviços melhorou, que Portugal subiu em rankings de saúde.
Viu por acaso a oposição contestar isso? Não, o que viu foi mudarem a conversa para a insegurança que as pessoas sentem.
Agora, em relação a afirmar que o governo é repressor, que reprime as pessoas, com todo o respeito já reparou que o maior inimigo do 1º Ministro é um deputado do seu partido, o Sr. Manuel Alegre.
Já reparou que o PS não é tão agressivo com ele, como os outros partidos são com a oposição interna? Repare agora o que se está a passar no PSD ou o que se passou recentemente no CDS ou o que se passa no PCP regularmente.
Um polícia visitar uma escola e fazer uma pergunta dessas é intimidar as pessoas, quando os polícias devem ir regularmente às escolas? Repare, essa ideia do policia inimigo é muito antiga.
Hoje em dia, um polícia deve ser considerado como um amigo do cidadão e não como alguém que se deva temer.
Como tal, eu não tenho problemas de colaborar com a polícia sempre que me é solicitado.
Agora se houve sindicatos que até forneceram informações à polícia para que os ajudasse com o trânsito, parece-me populismo aproveitar-se de ideias de antigo regime, para tentar conquistar pontos para o seu ponto de vista.
Mas lembre-se isso acabou com o 25 de Abril.
Agora a questão militar, eu pessoalmente também acho que os militares também deveriam ter o direito de se manifestar livremente. O problema não é esse.
O problema é que a falta de disciplina militar pode levar a golpes de estado e outras situações complicadas e um governo deve ter um exército que cumpra sempre as suas ordens.
Caso contrário, é o risco de anarquia, não é a minha opinião, mas parece ser a realidade do triste mundo em que vivemos.
Agora em relação à manifestação dos professores, durante 30 anos, os professores poderam eles próprios sugerir modelos de avaliação para não só promover o mérito, como remover nódoas da profissão.
Eu conheço muitas pessoas que hoje são pessoas da chamada geração recibos verdes ou 500€, em boa medida por causa de maus professores que tiveram.
Quer essas pessoas a manifestarem-se? Olhe que dava muito mais gente, o meu medo é que surja um Tino de Rãs que puxe por essas pessoas e depois vamos ter incidentes como os de Paris, por exemplo.
Portugal está de facto à beira de uma guerra civil, porque os partidos quando estão na oposição estão sempre a manipular as pessoas contra os governos.
E isto é profundamente errado, o dever de todos os partidos é ajudar a governar e não trocas de ofensas.
Existem muitos interesses instalados em Portugal, para os quais é fácil instigar as pessoas, por exemplo, os grandes lucros da banca, da Galp, da EDP, da PT, etc.
É por isso é que a situação actual aconselha muita calma e juízo.
Agora se quer atirar argumentos para o ar, continue, porque o povo poderá sair à rua.
Porque o que as pessoas querem é uma desculpa para descarregar a insatisfação que sentem.
Pode pensar que sou um defensor do PS, mas desengane-se discordo com eles em muitas coisas, mas uma pessoa tem de ter uma posição crítica objectiva.
Por momentos coloque-se no lugar do 1º Ministro e pense como faria melhor e proponha isso mesmo!